sábado, 19 de dezembro de 2009

Alunos de Campo Grande MS, são 2º no ranking em fumo e álcool


Levantamento inédito sobre as condições de vida dos estudantes brasileiros, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), constatou que os campo-grandenses se destacam com o segundo maior percentual do país de fumantes e de ingestão de bebida alcoólica.

A Pense (Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar), realizada com estudantes do 9º ano do ensino fundamental, é a primeira em que os próprios entrevistados responderam ao questionário diretamente no computador de mão. No País, 618,5 mil adolescentes de 13 a 15 anos tiveram privacidade para responder às questões sobre álcool, fumo, sexo, saúde, família e violência.

Em Campo Grande, 81,3% dos alunos assistem duas horas ou mais de TV por dia, acima da media nacional de 79,5%. O percentual é maior entre os homens, quando atinge 82,4%, contrariando a média nacional, onde o índice feminino é superior (79,5% a 79,4%). Já na Capital, 80,2% das meninas passam mais de 60 minutos em frente do aparelho de televisão.

Cigarro – A capital sul-mato-grossense tem o segundo maior percentual do País de estudantes do 9º ano que consumiram cigarro alguma vez na vida. Em Campo Grande, 32,7% dos alunos com menos de 16 anos de idade admitiram que já fumaram, percentual só atrás de Curitiba (PR), com 35%. É superior a média nacional de 24,2%.

Já nas escolas privadas, 24,5% dos alunos afirmaram que fumaram alguma vez. Neste segmento, Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional. E fica em segundo no percentual dos alunos da rede pública, 34,2% contra 37,2% de Curitiba.

No levantamento, 9,3% dos campo-grandenses contaram que fumaram nos 30 dias anteriores da pesquisa. O índice é maior entre as alunas (9,5%), do que os meninos (9,2%). A média nacional é de 6,3%. Na rede privada, 8,7% admitiram ter fumado no período, o maior percentual do País. No geral, a liderança ficou com Curitiba (9,9%).

Álcool – Em Campo Grande, 79% dos estudantes do ensino fundamental admitiram que ingeriram bebida alcoólica alguma vez na vida, só sendo superando pelos colegas de Curitiba (80,7%). O índice supera a média nacional (71,4%).

Entre os estudantes do sexo masculino, o percentual é de 78,7%, superado apenas pela capital paranaense (78,9%). Já entre as meninas, 79,3% (4º no ranking nacional) admitiram ter consumido álcool.

Já 33,9% dos estudantes revelaram que beberam um dia no mês da entrevista, contra 27,3% da média nacional e só atrás das capitais do Paraná (36,4%), Rio Grande do Sul (36,4%) e Bahia (34,5%). O índice é maior entre as campo-grandenses (35,8%), terceiro maior no Brasil (Porto Alegre 38,9% e Curitiba, 37,7%), do que entre os homens, 31,8% (6º).

Entre os alunos da rede privada, 39,3% admitiram ter bebido nos últimos 30 dias, contra 29,5% no país. É o líder neste segmento. Já na rede pública, o percentual cai para 32,9%, o quarto maior no ranking entre as 27 capitais.

Pelo menos um dia, 28,4% dos estudantes afirmaram que ficaram embriagados no Estado, acima da média nacional de 22,1%, e só atrás do Paraná (30%). O índice é maior entre as mulheres (29%) do que entre os homens (27,7%). Nas escolas públicas, 29,3% ficaram bêbados (2º no País), contra 19,4% nos estabelecimentos particulares.

Alimentação – O estudante campo-grandense não tem uma alimentação considerada saudável. O percentual dos estudantes que consomem frutas é de 29,2%, o 12º no ranking nacional, e abaixo da média brasileira de 31,5%. Já o feijão é consumido por 70,4%, acima da média entre as capitais de 62,6%.

Na Capital, 52,8% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental consomem guloseimas, contra 50,9% no Brasil. É o 6º maior percentual entre as 27 unidades. Só o consumo de refrigerantes é baixo, o 14º em nível nacional, com 36,4%, contra 37,2% da média nacional.

Imagem – Já 20,4% dos alunos se consideram gordo ou muito gordo, ao responder a pergunta sobre a concepção da própria imagem. No País, 17,7% se consideram acima do peso. A Capital o terceiro maior percentual de gordos, atrás de Curitiba (21,8%) e Porto Alegre (23,8%).

Já 61,3% se consideram normal, enquanto 18,3% se avaliam como magro ou muito magro. O percentual de magros no País é de 22%.

FONTE: IBGE

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