Os defensores dos torturadores e dos agentes da repressão da ditadura militar de 1964 não
falam pelos militares brasileiros. Um grupo de militares da reserva,
entre eles um herói da Segunda Guerra Mundial, divulgou um manifestou
em resposta ao documento dos clubes militares que atacou as ministras Maria
do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Mulheres), que
criticaram a ação repressiva durante a ditadura militar e apoiaram a
investigação daqueles crimes pela Comissão da Verdade.
O novo manifesto foi
articulado pelos capitães de mar e guerra Luiz Carlos de Souza e
Fernando Santa Rosa e tem o apoio de militares como o brigadeiro Rui
Moreira Lima, de 93 anos de idade e herói da Segunda Guerra Mundial: ele
é um dos dois únicos pilotos sobreviventes que participaram de ações da
Força Aérea Brasileira (FAB) na Itália, tendo cumprido 94 missões de
combate; ele foi condecorado com a Cruz de Combate (Brasil), a Croix de
Guerre avec Palmes (França) e a Distinguished Flying Cross (EUA) por
heroísmo.
Lima apoia a Comissão da
Verdade. “Ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao
mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática da
tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares”, disse.
Embora defenda o direito dos militares da reserva de se manifestarem,
Lima e os militares que assinam o novo manifesto não se sentem à vontade
em endossar um documento na companhia de torturadores. “Eles citam o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”,
diz o pesquisador Paulo Cunha, da Unesp, para quem este novo manifesto
“mostra que o Clube Militar não é uma entidade monolítica, que há vozes
discordantes.” Os articuladores do documento dizem que seus colegas da
reserva não falam pelos militares da ativa nem mesmo por muitos daqueles
que estão na reserva. O capitão de mar e guerra Fernando Santa Rosa não
escolhe as palavras: quem está por trás do documento são “os fascistas,
os saudosos da ditadura”, disse.
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se ‘anistiados’, permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?
.
Fonte: Estadão e Vermelho e www.policiamunicipaldobrasil.com
Os apoiadores do novo manifesto reconhecem a necessidade da Comissão da Verdade. Para o brigadeiro Lima, “ela é necessária não para punir, mas para dar satisfação ao mundo e aos brasileiros sobre atos de pessoas que, pela prática de tortura, descumpriram normas e os mais altos valores militares. Segundo o manifesto, os “torturadores (militares e civis), que não responderam a nenhum processo, encontram-se ‘anistiados’, permaneceram em suas carreiras, e nunca precisaram requerer, administrativa ou judicialmente, o reconhecimento dessa condição, diferentemente de suas vítimas, que até hoje estão demandando junto aos tribunais para terem os seus direitos reconhecidos”. E pergunta: “Onde estão os corpos dos que foram mortos pelas agressões sofridas?
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Fonte: Estadão e Vermelho e www.policiamunicipaldobrasil.com