O setor de inteligência do Presídio Federal de Segurança Máxima em Campo Grande, por meio de escutas ambientais feitas no pátio de convivências, descobriu um plano de criminosos cariocas para matar o deputado federal Fernando Francischini (PEN-PR), que é delegado da Polícia Federal.
Conforme o documento, o plano era discutido por 17 presos, entre eles Elias Pereira da Silva, conhecido por Elias maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, Marcelo Soares de Medeiros, conhecido por paraquedista do tráfico, e o ex-policial Alexandre de Jesus Carlos.
Em entrevista por telefone ao Campo Grande News, o deputado disse que o projeto visa acabar com algumas regalias que os presos de facções criminosas têm. “Meu projeto enlouqueceu os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital)”, destaca.
O deputado apresentou o projeto que obriga participantes de organizações criminosas a cumprir pena em cela individual, sem visita íntima, sem privacidade em contatos com familiares, advogados e banho de sol isolado. “Eu tenho certeza que a sociedade aprova”, afirma.
O projeto, que altera a lei nº 7.210 (Lei de Execução Penal), de 11 de junho de 1984, seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff.
O diretor do Presídio de Segurança Máxima, Ricardo Marques Sarto e a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça não quiseram comentar o caso.